domingo, 31 de maio de 2009

CRAPAA

A CRAPAA é uma associação (sem fins lucrativos) de Protecção de Animais Abandonados nas Caldas da Rainha, cães e gatos. Damos abrigo, alimento, cuidados e carinho a cerca de 80 cães no nosso canil, onde estes ficam o tempo que for necessário para encontrarem um lar não sendo abatidos (a não ser por algum de problema de saúde ou distúrbio grave que traga sofrimento ao animal. Subsistimos graças aos sócios, donativos e trabalho voluntário.

Para mais informações visite:
http://br.geocities.com/crapaaonline/
http://crapaa.blogspot.com

Contacta-nos:
E-mail: dogzine@hotmail.com
Apartado: 267 - 2504-911 Caldas da Rainha
Telefone: 965846298
(Disponível entre as 14h00 e as 14h30 e as 18h00 e as 20h00, de segunda a sexta e das 10h às 13h ao sábado. Fora deste horário agradecemos que deixe mensagem para entrarmos em contacto o mais breve que nos seja possível.
NIB: 0045 5134 4014 8762 5973 3 (Caixa Crédito Agrícola)

Aproveito para dizer também que estamos sempre a precisar de vassouras, pás, sacos de lixo de 100L, ração, desparasitantes, lixívias, trelas, casotas, matérias de construção, transportadoras de animais e muitos voluntários!

Pode aderir ao sistema de padrinhos onde paga 8€ mensais ou uma saca de ração para um mês inteiro… visite-nos e escolha o seu afilhado!

Obrigada e um grande beijinho a todos :-)

Catarina Carvalho

Pipoka

Olá. Eu sou a Pipoka, uma retriever labradora branca e venho contar a minha pequena grande história de vida...
Nasci no dia 16 de Outubro de 2007, tinha muitos manos e muitas manas, mas eu não estava bem, ficava sempre para trás, não conseguia mamar, não chegava lá e chorava muito.
Certa noite a minha dona (que não fazia ideia que o iria ser!) achou muito estranho a situação e resolveu-me levar para dentro de casa com ela, porque quando me mexiam nas minhas patinhas da frente ainda chorava mais... Ela deu-me leitinho com uma seringa, porque até as tetinas dos biberões ainda eram muito grandes para mim, e fiquei a dormir com ela no sofá no quentinho...
No dia seguinte levou-me a um sítio, onde havia uma Sra. com uma bata branca extremamente simpática (a quem lhe devo a vida, muito obrigado!) que disse à minha dona que eu tinha uma artrite nas patinhas da frente e que precisava de cuidados especiais! Fomos para casa, eu dormia numa caixinha, à cabeceira da cama da minha dona, ela dava-me leitinho várias vezes durante a noite, dava-me umas gotas com um sabor estranho, mais um xarope e uns comprimidos dissolvidos. As minhas patinhas estavam muito curvas, mal conseguia andar, mas com umas ligaduras e uns “cuidados especiais” a coisa compôs-se! Demorou algumas semanas, mas fui melhorando. Deu-me o nome de Pipoka de tão pequenina que era junto dos meus manos com o mesmo tempo que eu!
Umas semanas depois andava estranha, e lá fui de novo visitar a Sra. da bata branca, Dra. Ana Paula. Andava com febre, tomei mais uns medicamentos. Mas 3 dias mais tarde não estava nada melhor, só vomitava, não comia, não bebia, andava pelos cantos, muito triste! A minha dona apavorada “voou” comigo até à Dra. outra vez....
Fiquei logo a soro, elas temiam o pior! Fiquei 3 dias internada, emagreci uns kgs... Mas, como cadela forte que sou, venci um “suposto princípio de parvo virose”, acreditem que não é fácil, é um vírus rápido e mortal na maioria dos casos, que se propaga pelos órgãos e mata em poucas horas! Foi uma alegria imensa quando a minha dona me foi buscar para irmos de novo para casa, pensei “Já tou boa!!!”.
Agora só vou visitar a Dra. para as vacinas!
Depois a minha dona fez me um canil e arranjou-me uma amiga, para me fazer companhia... Chama-se “Diva” é castanha chocolate e não vivemos uma sem a outra!!!! Somos bem tratadas, brincamos muito... somos umas cadelas cheias de sorte...

Do problema das patinhas fiquei quase boa, não dou grandes saltos, nem consigo fazer grandes corridas, mas sou uma cadela muito feliz!

Texto de Cátia Reis

quinta-feira, 21 de maio de 2009

NUNCA NEGUES UM PÃO A NINGUÉM

Passava do meio-dia e o cheiro de pão quente invadia aquela rua. Um sol escaldante convidava a todos para um refresco…
Ricardinho não resistiu ao agradável aroma do pão e disse:
- Pai, estou com fome!
Agenor, o pai, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde cedo à procura de trabalho, olha com os olhos marejados de lágrimas para o filho e pede mais um pouco de paciência…
- Mas, pai, desde ontem que não comemos nada. Eu estou com muita fome!!!
Abatido, triste e humilhado, Agenor pede para o filho aguardar na calçada, enquanto entra na padaria à sua frente…
Ao entrar dirige-se a um homem que estava no balcão:
- Meu senhor, estou à porta com o meu filho de apenas 6 anos. Ele está com muita fome e não tenho nem um tostão, pois saí cedo para procurar um emprego e ainda não encontrei nada. Peço-lhe que, em nome de Jesus, me forneça um pão para que eu possa matar a fome do meu menino. Em troca posso varrer o chão do seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou fazer qualquer outro serviço que o senhor precisar…
Amaro, o dono da padaria, estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido pedir comida em troca de trabalho e pede para chamar o filho…
Agenor toma o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente convida os dois a sentar-se junto do balcão, onde manda servir dois pratos de comida.
Para Ricardinho era um sonho, comer tantas horas na rua… Para Agenor, era uma dor a mais, já que comer aquela comida fazia-o lembrar-se da esposa e dos dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de arroz.
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada… A satisfação de ver o seu filho a devorar aquele prato como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança da sua esposa em casa, foi demais para o seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades.
Amaro aproxima-se de Agenor e, percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ó Maria! A comida deve estar muito ruim… Olha, o meu amigo até chora de tristeza desse bife… Será que é de sola de sapato?
Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por lhe ter dado este prazer.
- Sossegue o seu coração, almoce em paz e depois falaremos sobre o trabalho.
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar.
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nas traseiras da padaria, onde havia um escritório.
Agenor conta-lhe que perdeu o emprego há mais de 2 anos e, desde então, sem ter uma especialidade profissional e sem estudos, estava a viver de pequenos biscates; mas há mais de 2 meses que não recebia nada.
Amaro resolve contratar Agenor para serviços gerais na padaria e, compadecido, oferece uma cesta com vários alimentos para pelo menos 15 dias.
Com lágrimas nos olhos agradece a confiança e marca para o dia seguinte o seu início no trabalho.
Ao chegar a casa, Agenor é um novo homem, pois sentia a esperança de que a sua vida iria tomar um novo impulso.
No dia seguinte, às 5 da manhã, estava na porta da padaria, ansioso para iniciar o seu novo trabalho.
Amaro chega logo de seguida e sorri para aquele homem que nem sabia porque o estava a ajudar… Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo o impelia a ajudar aquela pessoa.
E não se enganou. Durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com os seus deveres.
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola para a alfabetização de adultos, que abriu próxima da padaria.
- Eu teria muito gosto que você fosse estudar. Facilitar-lhe-ia o horário.
A ideia agradou a Agenor que, comovido, não conseguiu impedir uma lágrima.
Começou a frequentar a escola. Nunca esqueceu o primeiro dia de aulas: a mão trémula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta…
Passam-se 12 anos, desde aquele primeiro dia de aulas… E, eis que vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, a abrir corajosamente o seu escritório.
A meio da manhã ele desce para beber um café na padaria/bar daquele que lhe estendeu a mão, o seu grande amigo Amaro, que fica impressionado e muito feliz ao ver o seu antigo funcionário vestido de forma tão elegante, dando os primeiros passos numa profissão tão prestigiada.
Passados mais 10 anos, o Dr. Agenor Baptista, já com uma vasta clientela que abrange os mais necessitados, que não podem pagar, e os mais abastados, que lhe pagam bem, resolve criar uma instituição que oferece aos menos afortunados, aos desempregados e com carências de todos os tipos, um prato de comida, diariamente, à hora de almoço.
Mais de 200 refeições são servidas na “Casa do Caminho”, que é administrada pelo seu filho, agora nutricionista, Ricardo Baptista.
Tudo mudou, tudo passou… mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor, impressionava todos aqueles que conheciam a história de cada um.
Conta-se que, aos 82 anos, os dois faleceram no mesmo dia, placidamente e com um sorriso, sinal de dever cumprido…
O filho, Ricardinho, que está na origem desta história, reclamando “pai, estou com fome”, mandou gravar na fachada da “Casa do Caminho”, que dirige com zelo e que seu pai fundou com tanta ternura:

“Eu tive fome e tu alimentaste-me. Estava perdido e sem esperança e tu abriste-me um caminho. Um dia acordei sozinho e tu apresentaste-me Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite no teu coração e alimente a tua alma. E que te sobre o pão da Misericórdia para ofereceres a quem precisar!”


Revista Cruzada – Abril de 2008

domingo, 10 de maio de 2009

Amizade...


Aceita o teu amigo sem fazer juizo de valor. Ser amigo, é mais do que desafiar o outro a mudar, é compreender as razões que o levam a ser como é.

Victor Hugo

"A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados."

"A medida do amor é amar sem medida."

Richard Bach

“A tua única obrigação durante toda a tua existência é seres verdadeiro para contigo próprio.”

"Quantos vivem toda a vida sem descobrir o que sabem e amam?

Tantos.
Não ser um desses é essa a tua missão."

"Nunca te é concedido um desejo sem que te seja concedida também a facilidade de torná-lo realidade. Entretanto, é possível que tenhas que lutar por ele.

Richard Bach [Biografia, frases e pensamentos em Destaque]


 


Descubra mais sobre o escritor Richard Bach

Sentir

Amor...
O que é sentir isso?
Que maravilhoso e malvado!
Com duas faces distintas,
Com dois lados,
Como se olhasse no espelho e reflectisse outra imagem...
O que é esse sentimento?
Cada um em seu mundo, sentindo de forma diferente...
Quando ele vem, nos faz adolescentes,
criativos,
alegres,
joviais...
Quanto termina,
a dor invade,
os questionamentos se fazem,
Envelhecemos no olhar...
Na descrença pelos outros...
Um misto de vazio e revolta.
Um misto do ser e, do que não deveria ter sido...
Uma certeza do querer,
Como se plantássemos sementes de amor, as melhores delas,
em terra árida...
Só um lado tem o poder...
jamais germinarão...
Olhos fixos no tecto,
Dor no coração...
Vamos caminhando,
Perdendo-nos e achando-nos,
uns nos outros,
Nas alegrias e agruras,
bravateando pela vida,
Com a certeza de ter plantado,
amado,
de ter sido humano,
apenas e maravilhosamente plena.

Jane Lagares

domingo, 3 de maio de 2009

RENASCER NO ALCOITÃO


Maria M. é o nome inventado de uma pessoa real que teve um acidente recente, ficou tetraplégica e, passados quinze dias, teve a notícia de que o seu próprio filho tivera outro acidente e ficara, também ele, tetraplégico.

Mãe e filho cumprem agora o calvário da recuperação possível. Irremediavelmente condenados a uma cadeira de rodas até ao último dos seus dias, tentam a todo o custo manter viva alguma esperança. Ajudam-se e apoiam-se mutuamente mas sofrem mais do que é possível imaginar.

A história é arrepiante mas digna de registo pois a maior parte das pessoas que teve a sorte de nascer sem dificuldades e vive uma vida razoavelmente saudável não dá o devido valor à saúde que tem. Não sabe nem sonha o que é viver com uma espada suspensa sobre a cabeça. Dia e noite, hora após hora.
No Alcoitão cada minuto que passa tem infinitamente mais valor do que muitos meses e anos vividos despreocupadamente por aí.

No Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão todos os dias se vivem episódios épicos. Momentos de grande esperança e conquista mas, também, de extrema frustração e dor. As pessoas que entram no Alcoitão sabem que, a partir dali, nada será como antes. A vida divide-se em duas e a única que conta é a que está pela frente. O passado é apenas uma memória remota. Uma sucessão de imagens, sentimentos e sensações que ficaram para trás e jamais voltarão a repetir-se.

O que é extraordinário observar na maior parte das pessoas que passam pelo Alcoitão é a capacidade superior que revelam na maneira como enfrentam e lidam com o sofrimento. Sucedem-se os exemplos heróicos de pessoas que, após a revolta e a depressão, voltam à superfície e fazem conquistas extraordinárias. Superam dificuldades incríveis com forças nunca dantes suspeitadas. Tornam-se cada dia melhores, mais atentas às pequenas coisas, mais alinhadas com o essencial.

É muito duro que assim seja e que, na maior parte dos casos, a recuperação clínica seja uma miragem mas, mesmo assim, estas pessoas não desistem. Mantêm viva a esperança e, com o seu exemplo de tenacidade, deixam-nos envergonhados. Das nossas fraquezas, das nossas queixas miudinhas, dos nossos pequenos e médios medos, dos nossos egoísmos, enfim, de tudo aquilo que nos consome no dia a dia, e que afinal não é nada comparado com o sofrimento agudo destas pessoas.

Foi em homenagem a Maria M., ao seu filho e a todos e cada um destes exemplos heróicos que resolvi escrever sobre o assunto. Para não cairmos na tentação de esquecer o que é verdadeiramente importante.

“XIS – Ideias para pensar” – Laurinda Alves
 
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